terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Além do Cidadão Kane


O professor britânico John Ellis, 55, do departamento de mídia e artes da Universidade de Londres, diz nunca ter dado uma "entrevista profunda" sobre o documentário "Muito Além do Cidadão Kane". Simon Hartog, diretor do filme, morreu em 1992, antes mesmo de a obra ser exibida no Reino Unido. Ellis tornou-se assim uma testemunha rara dos bastidores de um dos mais polêmicos filmes sobre a mídia e a política brasileiras.

Transmitido pela primeira vez em 1993, no canal britânico Channel 4, o filme usa o empresário Roberto Marinho (1904-2003) como metonímia da concentração da mídia no Brasil --daí a referência a Charles Foster Kane, personagem criado por Orson Welles em "Cidadão Kane" (1941).

Documentário "Muito Além do Cidadão Kane", produzido por John Ellis na década de 90, ganhou até capa improvisada na internet

Políticos como Leonel Brizola (1922-2004), Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e Luiz Inácio Lula da Silva --apresentado como líder sindical-- falam sobre a emissora no filme.

Completando 15 anos, "Muito Além do Cidadão Kane" nunca foi transmitido pela TV brasileira --nem poderia, por questões de direitos de imagem. Virou, apesar disso, ou talvez por isso, um ícone na luta pela democratização do acesso à informação desde os anos 90, quando já circulava em VHS nos sebos e nas universidades.

O documentário, que custou cerca de US$ 260 mil [R$ 445 mil] à extinta produtora independente Large Door, na qual Hartog e Ellis eram sócios, já foi visto cerca de 800 mil vezes na internet. Nos fóruns da rede, é elogiado, criticado e ganha a alcunha de "a história proibida da Rede Globo".

Querem tirar suas próprias conclusões? Ctrl c + Ctrl v no link abaixo ...

http://video.google.com/videoplay?docid=-570340003958234038


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Guerrilheiros são mortos no Sri Lanka!

Ao menos 23 guerrilheiros tâmeis morreram nas últimas 24 horas em combates travados com o Exército cingalês no norte do Sri Lanka, informou hoje em comunicado o Ministério da Defesa.
No confronto mais sangrento, oito membros da guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) morreram ontem e dois de seus refúgios ficaram completamente destruídos em Kallikullam no distrito de Vavuniya (norte). Outros três rebeldes tâmeis morreram em um combate diferente nesse mesmo distrito. Em Mannar, o Exército cingalês matou outros 11 guerrilheiros em vários choques armados nos quais um bunker dos rebeldes foi destruído, segundo a apuração oficial. Outro membro dos LTTE morreu em Jaffna em um confronto no qual dois soldados cingaleses ficaram feridos.
Os tigres tâmeis lutam há décadas pela independência do norte e o leste do Sri Lanka, onde a etnia tâmil é majoritária, frente à cingalesa que domina o resto do Estado insulano.
Em janeiro, o Sri Lanka voltou ao estado de guerra depois que o governo rompeu unilateralmente o acordo de cessar-fogo vigente desde o ano 2002, embora este fosse válido só no papel porque os combates entre os lados foram constantes durante todo o ano passado.