sábado, 29 de março de 2008

Grupo Votorantim: celulose, papel e uma vergonha de empregabilidade.


Na segunda-feira, dia 24/03, um grupo de operários que trabalham na construção do complexo industrial da Votorantim Celulose e Papel e da International Paper, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul fizeram uma manifestação em um dos pavilhões do alojamento que abriga 1.200 funcionários.

Segundo os relatos dos funcionários divulgados pela imprensa local, ao chegar ao alojamento naquele dia, o grupo foi impedido de comer, pois a empresa não permite refeições fora dos horários estabelecidos. Além disso, os funcionários classificaram a rotina no alojamento como a de uma prisão, já que não têm liberdade de saírem quando querem.

Em outras ocasiões já neste ano, funcionários do Grupo Votorantim de uma unidade na divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul paralisaram seus trabalhos para protestar contra baixos salários, aprisionamento em canteiros de obras e baixa qualidade da alimentação.

O resultado deste caso foi o espancamento de um trabalhador por seguranças da empresa, que neste empreendimento está associada à construtora Camargo Correa e ao banco Bradesco.

Esse é o Grupo Votorantim, uma vergonha de empregabilidade.

domingo, 23 de março de 2008

Mortos no Iraque chegam a quase 4.000!


Uma bomba colocada à beira de uma estrada matou três soldados americanos no norte de Bagdá neste sábado, elevando o número de mortos nos cinco anos de guerra do Iraque para quase 4.000.

No sábado, autoridades iraquianas informaram que uma bombardeio do Exército dos Estados Unidos na região norte da capital matou seis membros de um grupo sunita anti-EUA --o que gerou um afastamento dos novos aliados americanos na guerra contra a Al Qaeda.

Dois soldados morreram na explosão, que ocorreu enquanto tropas patrulhavam uma região a nordeste de Bagdá. Uma terceiro morreu por ferimentos causados no incidente, informou o Exército dos EUA.

As últimas mortes elevaram para 3.996 o número de soldados e civis do Pentágono mortos desde 20 de março de 2003, quando começou a invasão americana, segundo uma contagem feita pela Associated Press.

Com a guerra entrando em seu sexto ano, o presidente George W. Bush prestou um tributo no último sábado ao serviço de soldados mortos afirmando que os militares "viverão na memória da nação que ajudaram a defender".

O senador democrata Robert Menendez (Nova Jersey) afirmou que o presidente deveria "ver a realidade" no Iraque e "dizer a verdade" sobre os custos do conflito que empurraram o país em uma crise econômica.

Quando iniciou a guerra, o governo norte-americano planejava invadir rapidamente o país, depondo a ditadura de Saddam para impor um novo governo fantoche a fim de “estabilizar” o Iraque. Desejava, assim, promover uma imensa rapina ao petróleo da segunda maior reserva do mundo. Cinco anos depois, pode-se dizer com toda a segurança que os planos imperialistas fracassaram de forma retumbante.

No Iraque, a guerra só trouxe mortes e destruição. Segundo a Cruz Vermelha, a situação humanitária no país é classificada como "uma das mais críticas do mundo". Milhões de iraquianos vivem sem acesso à água tratada, saneamento básico ou atendimento à saúde. Segundo organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, estima-se que entre 400 mil a 1 milhão de civis iraquianos foram mortos até agora. Cerca de 4 milhões de iraquianos são refugiados. Algo que representa 16% da população do país. Os dados publicados até agora são uma pequena demonstração dessa cruel realidade.

quinta-feira, 13 de março de 2008

De novo no Brasil Condoleezza?


Nesta quinta-feira, Condoleezza Rice, secretária de Estado dos Estados Unidos, desembarca no Brasil para se reunir com o presidente Lula. A indesejável visita já estava agendada há 30 dias. Entre as discussões previstas, estão temas de ordem econômica e diplomática. Contudo, a recente crise entre Colômbia, Venezuela e Equador é o que certamente estará no centro das discussões.

A provocação militar de Álvaro Uribe, apoiada pelo imperialismo norte-americano, causou um imenso repúdio na América Latina. Em meio à crise, Condoleezza Rice, pediu a intermediação do presidente Lula para a solução do conflito.

Lula atendeu imediatamente e se dispôs a colocar “pano quente” na situação. A postura do presidente contrastou até mesmo com a de Chávez e Correa. Logo após o ataque ao Equador, os dois presidentes anunciaram a suspensão das relações com a Colômbia, acusando Uribe de estar a serviço de Bush no continente. No final, ficou comprovado que se tratava de apenas uma bravata de ambos presidentes e não de um enfrentamento antiimperialista conseqüente. Algo que ficou explícito com o vexatório tapinhas nas contas entre Uribe, Chávez e Correa na reunião do Rio.

Lula, porém, nem mesmo se preocupou em manter as aparências. Ao contrário, não fez a mínima denúncia dos EUA na provocação e preservou Bush e Uribe. Mais que isso, Lula, mais uma vez, cumpriu o papel de bombeiro do imperialismo no continente, costurando um acordo na OEA (Organização dos Estados Americanos) que livrou o presidente colombiano de qualquer tipo de condenação.

A crise diplomática se resolveu após Uribe ter apresentado um pedido formal de desculpas durante a conferência da OEA. Sem qualquer tipo de condenação, muito menos retaliação, Uribe está livre para invadir novamente outro país do continente sob as ordens de Bush. Após a conferência, o presidente colombiano reiterou diversas vezes que a ação militar da Colômbia foi correta, mostrando que pode repeti-la no futuro.

Com a visita de Condoleezza, os EUA querem reforçar o papel do Brasil como guardião dos interesses imperialistas no continente e impedir qualquer investigação de fundo sobre o bombardeio colombiano ao Equador – como prevê uma resolução da própria OEA.

quarta-feira, 5 de março de 2008

"Desculpas públicas ao governo e ao povo do Equador"


A Colômbia reiterou ante a OEA (Organização dos Estados Americanos) seu pedido de "desculpas públicas ao governo e ao povo do Equador" por sua ação militar do fim de semana em território equatoriano, mas defendeu o ataque que matou o número dois das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no último sábado (1º).

Em um discurso inflamado ante o Conselho Permanente da OEA, o representante colombiano, Camilo Ospina, reiterou as desculpas do seu governo pelo ataque que matou Raul Reyes, número dois e porta-voz internacional das Farc em território equatoriano.

Mas Ospina também voltou a negar que aviões colombianos tenham ingressado em território equatoriano e disse que os governos do Equador e Venezuela devem uma "explicação ao povo colombiano".

"Aviões colombianos não entraram em território equatoriano", afirmou o representante. Porém, "helicópteros colombianos ingressaram em território equatoriano" para inspecionar o acampamento das Farc, alvo do ataque, a 1,8 km da fronteira com a Colômbia, segundo Ospina.

A ação militar da Colômbia em território equatoriano colocou os países em uma crise diplomática histórica. Quito rompeu relações com Bogotá na segunda-feira, ao mesmo tempo em que a Venezuela expulsou os representantes colombianos em Caracas, e os dois países deslocaram tropas para suas fronteiras com a Colômbia.

O que o presidente da Colômbia fez foi vergonhoso para a américa latina, ele provou que está ao lado do imperialismo, sem respeito ao país vizinho e com um pensamento exclusivamente unilateral.

Deixo aqui minha imensa solidariedade aos guerrilheiros mortos no equador.