Uma bomba colocada à beira de uma estrada matou três soldados americanos no norte de Bagdá neste sábado, elevando o número de mortos nos cinco anos de guerra do Iraque para quase 4.000.
No sábado, autoridades iraquianas informaram que uma bombardeio do Exército dos Estados Unidos na região norte da capital matou seis membros de um grupo sunita anti-EUA --o que gerou um afastamento dos novos aliados americanos na guerra contra a Al Qaeda.
Dois soldados morreram na explosão, que ocorreu enquanto tropas patrulhavam uma região a nordeste de Bagdá. Uma terceiro morreu por ferimentos causados no incidente, informou o Exército dos EUA.
As últimas mortes elevaram para 3.996 o número de soldados e civis do Pentágono mortos desde 20 de março de 2003, quando começou a invasão americana, segundo uma contagem feita pela Associated Press.
Com a guerra entrando em seu sexto ano, o presidente George W. Bush prestou um tributo no último sábado ao serviço de soldados mortos afirmando que os militares "viverão na memória da nação que ajudaram a defender".
O senador democrata Robert Menendez (Nova Jersey) afirmou que o presidente deveria "ver a realidade" no Iraque e "dizer a verdade" sobre os custos do conflito que empurraram o país em uma crise econômica.
Quando iniciou a guerra, o governo norte-americano planejava invadir rapidamente o país, depondo a ditadura de Saddam para impor um novo governo fantoche a fim de “estabilizar” o Iraque. Desejava, assim, promover uma imensa rapina ao petróleo da segunda maior reserva do mundo. Cinco anos depois, pode-se dizer com toda a segurança que os planos imperialistas fracassaram de forma retumbante.
No Iraque, a guerra só trouxe mortes e destruição. Segundo a Cruz Vermelha, a situação humanitária no país é classificada como "uma das mais críticas do mundo". Milhões de iraquianos vivem sem acesso à água tratada, saneamento básico ou atendimento à saúde. Segundo organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, estima-se que entre 400 mil a 1 milhão de civis iraquianos foram mortos até agora. Cerca de 4 milhões de iraquianos são refugiados. Algo que representa 16% da população do país. Os dados publicados até agora são uma pequena demonstração dessa cruel realidade.
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