terça-feira, 22 de julho de 2008

MST faz ocupação em São Paulo!



Os trabalhadores do MST ocuparam nesta terça-feira (22/07) superintendências do Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) e uma agência bancária no interior de São Paulo. As ações fazem parte da jornada iniciada nesta segunda-feira (21/07). Os Sem Terra exigem o assentamento das 140 mil famílias acampadas e um programa de agroindústria para assentados. Em outros estados, o MST permanece ocupando as superintendências do Incra em Alagoas, na Paraíba, Bahia, Maranhão, Ceará, Goiás e Mato Grosso.

Na região de Presidente Prudente, 300 Sem Terra ocuparam a sede do banco Nossa Caixa buscando liberação e acesso aos créditos para os assentados. A situação no local é tranqüila.

Em Teodoro Sampaio, cerca de 100 trabalhadores rurais do MST exigem a liberação dos créditos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e a complementação do crédito de moradia do Incra (o Programa de Habitação).

Em Araraquara, 100 lavradores permanecem, desde o início dea manhã, na superintendência do Incra, em defesa da reforma agrária.

Na capital de São Paulo, cerca de 400 Sem Terra permanecem desde segunda-feira na superintendência estadual do Incra, para cobrar o assentamento das 1.600 famílias acampadas e a liberação de crédito e infra-estrutura para 700 famílias assentadas em todo o estado.

“A Reforma Agrária está parada em todo o país. Exigimos o assentamento das famílias acampadas e um programa de agroindústrias para nossas áreas”, afirma José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST. “Só a Reforma Agrária pode resolver o problema da crise do preço dos alimentos, com o fortalecimento de um modelo de produção baseado em pequenas e médias propriedades, que produzem 70% dos alimentos consumidos no país”.

A Jornada de Lutas por Reforma Agrária, realizada em torno do Dia do Trabalhador Rural, em 25 de julho, denuncia a lentidão no processo de criação de assentamentos e cobra as promessas não cumpridas. O MST propõe a valorização e fortalecimento dos assentamentos e da agricultura familiar, como alternativa à crise do encarecimento dos alimentos.

O governo federal tem dado prioridade ao agronegócio, que avança sobre o território brasileiro conquistando terras que deveriam ser destinadas aos trabalhadores rurais. Só o Banco do Brasil emprestou 7 bilhões de dólares para 13 grupos econômicos investirem na produção para exportação, enquanto os assentamentos não recebem investimento suficiente no ano passado.

As ações condenam também a criminalização dos movimentos sociais. No Rio Grande do Sul, o Ministério Público do estado aprovou relatório que pede a dissolução do Movimento. No Pará, o dirigente da CPT José Batista foi condenado a prisão por participar de protesto no Incra. O MST faz uma campanha contra a criminalização dos movimentos sociais e recebeu apoio de entidades, parlamentares, artistas e intelectuais do país e do exterior. “Queremos denunciar também o processo de criminalização dos movimentos sociais, que impede a discussão sobre o futuro da agricultura e enfraquece a democracia no país”, afirma Batista.

Notícia do site do MST.

sábado, 24 de maio de 2008


O núcleo de Macaé (RJ) do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) iniciou uma campanha em defesa do Colégio Estadual Luiz Reid (foto acima), mobilizando a comunidade escolar e autoridades parlamentares para barrar os ataques ao patrimônio público. Quatro salas de aula do prédio principal da escola foram entregues para a utilização por uma faculdade particular, que pretende abrir quatro novos cursos no local.

Durante todo o ano de 2007, a comunidade escolar se manteve em mobilização permanente para evitar a perda do patrimônio público. A direção da Coordenaria de Educação Norte Fluminense 2 (CNF2), porém, não deu ouvidos às reclamações e apoiou a idéia da entrega das salas, além de reprimir a mobilização na escola.

A denúncia de oito professores à polícia, acusados de injúria depois da realização de uma passeata, foi só uma das atitudes repressivas tomadas pela direção da CNF2, numa nítida demonstração de falta de democracia e de intimidação do movimento. A denúncia redundou num processo judicial contra os oito profissionais de educação na comarca de Macaé.

sábado, 29 de março de 2008

Grupo Votorantim: celulose, papel e uma vergonha de empregabilidade.


Na segunda-feira, dia 24/03, um grupo de operários que trabalham na construção do complexo industrial da Votorantim Celulose e Papel e da International Paper, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul fizeram uma manifestação em um dos pavilhões do alojamento que abriga 1.200 funcionários.

Segundo os relatos dos funcionários divulgados pela imprensa local, ao chegar ao alojamento naquele dia, o grupo foi impedido de comer, pois a empresa não permite refeições fora dos horários estabelecidos. Além disso, os funcionários classificaram a rotina no alojamento como a de uma prisão, já que não têm liberdade de saírem quando querem.

Em outras ocasiões já neste ano, funcionários do Grupo Votorantim de uma unidade na divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul paralisaram seus trabalhos para protestar contra baixos salários, aprisionamento em canteiros de obras e baixa qualidade da alimentação.

O resultado deste caso foi o espancamento de um trabalhador por seguranças da empresa, que neste empreendimento está associada à construtora Camargo Correa e ao banco Bradesco.

Esse é o Grupo Votorantim, uma vergonha de empregabilidade.

domingo, 23 de março de 2008

Mortos no Iraque chegam a quase 4.000!


Uma bomba colocada à beira de uma estrada matou três soldados americanos no norte de Bagdá neste sábado, elevando o número de mortos nos cinco anos de guerra do Iraque para quase 4.000.

No sábado, autoridades iraquianas informaram que uma bombardeio do Exército dos Estados Unidos na região norte da capital matou seis membros de um grupo sunita anti-EUA --o que gerou um afastamento dos novos aliados americanos na guerra contra a Al Qaeda.

Dois soldados morreram na explosão, que ocorreu enquanto tropas patrulhavam uma região a nordeste de Bagdá. Uma terceiro morreu por ferimentos causados no incidente, informou o Exército dos EUA.

As últimas mortes elevaram para 3.996 o número de soldados e civis do Pentágono mortos desde 20 de março de 2003, quando começou a invasão americana, segundo uma contagem feita pela Associated Press.

Com a guerra entrando em seu sexto ano, o presidente George W. Bush prestou um tributo no último sábado ao serviço de soldados mortos afirmando que os militares "viverão na memória da nação que ajudaram a defender".

O senador democrata Robert Menendez (Nova Jersey) afirmou que o presidente deveria "ver a realidade" no Iraque e "dizer a verdade" sobre os custos do conflito que empurraram o país em uma crise econômica.

Quando iniciou a guerra, o governo norte-americano planejava invadir rapidamente o país, depondo a ditadura de Saddam para impor um novo governo fantoche a fim de “estabilizar” o Iraque. Desejava, assim, promover uma imensa rapina ao petróleo da segunda maior reserva do mundo. Cinco anos depois, pode-se dizer com toda a segurança que os planos imperialistas fracassaram de forma retumbante.

No Iraque, a guerra só trouxe mortes e destruição. Segundo a Cruz Vermelha, a situação humanitária no país é classificada como "uma das mais críticas do mundo". Milhões de iraquianos vivem sem acesso à água tratada, saneamento básico ou atendimento à saúde. Segundo organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, estima-se que entre 400 mil a 1 milhão de civis iraquianos foram mortos até agora. Cerca de 4 milhões de iraquianos são refugiados. Algo que representa 16% da população do país. Os dados publicados até agora são uma pequena demonstração dessa cruel realidade.

quinta-feira, 13 de março de 2008

De novo no Brasil Condoleezza?


Nesta quinta-feira, Condoleezza Rice, secretária de Estado dos Estados Unidos, desembarca no Brasil para se reunir com o presidente Lula. A indesejável visita já estava agendada há 30 dias. Entre as discussões previstas, estão temas de ordem econômica e diplomática. Contudo, a recente crise entre Colômbia, Venezuela e Equador é o que certamente estará no centro das discussões.

A provocação militar de Álvaro Uribe, apoiada pelo imperialismo norte-americano, causou um imenso repúdio na América Latina. Em meio à crise, Condoleezza Rice, pediu a intermediação do presidente Lula para a solução do conflito.

Lula atendeu imediatamente e se dispôs a colocar “pano quente” na situação. A postura do presidente contrastou até mesmo com a de Chávez e Correa. Logo após o ataque ao Equador, os dois presidentes anunciaram a suspensão das relações com a Colômbia, acusando Uribe de estar a serviço de Bush no continente. No final, ficou comprovado que se tratava de apenas uma bravata de ambos presidentes e não de um enfrentamento antiimperialista conseqüente. Algo que ficou explícito com o vexatório tapinhas nas contas entre Uribe, Chávez e Correa na reunião do Rio.

Lula, porém, nem mesmo se preocupou em manter as aparências. Ao contrário, não fez a mínima denúncia dos EUA na provocação e preservou Bush e Uribe. Mais que isso, Lula, mais uma vez, cumpriu o papel de bombeiro do imperialismo no continente, costurando um acordo na OEA (Organização dos Estados Americanos) que livrou o presidente colombiano de qualquer tipo de condenação.

A crise diplomática se resolveu após Uribe ter apresentado um pedido formal de desculpas durante a conferência da OEA. Sem qualquer tipo de condenação, muito menos retaliação, Uribe está livre para invadir novamente outro país do continente sob as ordens de Bush. Após a conferência, o presidente colombiano reiterou diversas vezes que a ação militar da Colômbia foi correta, mostrando que pode repeti-la no futuro.

Com a visita de Condoleezza, os EUA querem reforçar o papel do Brasil como guardião dos interesses imperialistas no continente e impedir qualquer investigação de fundo sobre o bombardeio colombiano ao Equador – como prevê uma resolução da própria OEA.

quarta-feira, 5 de março de 2008

"Desculpas públicas ao governo e ao povo do Equador"


A Colômbia reiterou ante a OEA (Organização dos Estados Americanos) seu pedido de "desculpas públicas ao governo e ao povo do Equador" por sua ação militar do fim de semana em território equatoriano, mas defendeu o ataque que matou o número dois das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no último sábado (1º).

Em um discurso inflamado ante o Conselho Permanente da OEA, o representante colombiano, Camilo Ospina, reiterou as desculpas do seu governo pelo ataque que matou Raul Reyes, número dois e porta-voz internacional das Farc em território equatoriano.

Mas Ospina também voltou a negar que aviões colombianos tenham ingressado em território equatoriano e disse que os governos do Equador e Venezuela devem uma "explicação ao povo colombiano".

"Aviões colombianos não entraram em território equatoriano", afirmou o representante. Porém, "helicópteros colombianos ingressaram em território equatoriano" para inspecionar o acampamento das Farc, alvo do ataque, a 1,8 km da fronteira com a Colômbia, segundo Ospina.

A ação militar da Colômbia em território equatoriano colocou os países em uma crise diplomática histórica. Quito rompeu relações com Bogotá na segunda-feira, ao mesmo tempo em que a Venezuela expulsou os representantes colombianos em Caracas, e os dois países deslocaram tropas para suas fronteiras com a Colômbia.

O que o presidente da Colômbia fez foi vergonhoso para a américa latina, ele provou que está ao lado do imperialismo, sem respeito ao país vizinho e com um pensamento exclusivamente unilateral.

Deixo aqui minha imensa solidariedade aos guerrilheiros mortos no equador.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Além do Cidadão Kane


O professor britânico John Ellis, 55, do departamento de mídia e artes da Universidade de Londres, diz nunca ter dado uma "entrevista profunda" sobre o documentário "Muito Além do Cidadão Kane". Simon Hartog, diretor do filme, morreu em 1992, antes mesmo de a obra ser exibida no Reino Unido. Ellis tornou-se assim uma testemunha rara dos bastidores de um dos mais polêmicos filmes sobre a mídia e a política brasileiras.

Transmitido pela primeira vez em 1993, no canal britânico Channel 4, o filme usa o empresário Roberto Marinho (1904-2003) como metonímia da concentração da mídia no Brasil --daí a referência a Charles Foster Kane, personagem criado por Orson Welles em "Cidadão Kane" (1941).

Documentário "Muito Além do Cidadão Kane", produzido por John Ellis na década de 90, ganhou até capa improvisada na internet

Políticos como Leonel Brizola (1922-2004), Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) e Luiz Inácio Lula da Silva --apresentado como líder sindical-- falam sobre a emissora no filme.

Completando 15 anos, "Muito Além do Cidadão Kane" nunca foi transmitido pela TV brasileira --nem poderia, por questões de direitos de imagem. Virou, apesar disso, ou talvez por isso, um ícone na luta pela democratização do acesso à informação desde os anos 90, quando já circulava em VHS nos sebos e nas universidades.

O documentário, que custou cerca de US$ 260 mil [R$ 445 mil] à extinta produtora independente Large Door, na qual Hartog e Ellis eram sócios, já foi visto cerca de 800 mil vezes na internet. Nos fóruns da rede, é elogiado, criticado e ganha a alcunha de "a história proibida da Rede Globo".

Querem tirar suas próprias conclusões? Ctrl c + Ctrl v no link abaixo ...

http://video.google.com/videoplay?docid=-570340003958234038


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Guerrilheiros são mortos no Sri Lanka!

Ao menos 23 guerrilheiros tâmeis morreram nas últimas 24 horas em combates travados com o Exército cingalês no norte do Sri Lanka, informou hoje em comunicado o Ministério da Defesa.
No confronto mais sangrento, oito membros da guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) morreram ontem e dois de seus refúgios ficaram completamente destruídos em Kallikullam no distrito de Vavuniya (norte). Outros três rebeldes tâmeis morreram em um combate diferente nesse mesmo distrito. Em Mannar, o Exército cingalês matou outros 11 guerrilheiros em vários choques armados nos quais um bunker dos rebeldes foi destruído, segundo a apuração oficial. Outro membro dos LTTE morreu em Jaffna em um confronto no qual dois soldados cingaleses ficaram feridos.
Os tigres tâmeis lutam há décadas pela independência do norte e o leste do Sri Lanka, onde a etnia tâmil é majoritária, frente à cingalesa que domina o resto do Estado insulano.
Em janeiro, o Sri Lanka voltou ao estado de guerra depois que o governo rompeu unilateralmente o acordo de cessar-fogo vigente desde o ano 2002, embora este fosse válido só no papel porque os combates entre os lados foram constantes durante todo o ano passado.